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"Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é como sujeito e somente enquanto sujeito, que o homem pode realmente conhecer..." Paulo Freire

17 de mai. de 2012

Pesquisa na formação docente!



       Dialogo com você Letícia, partindo da ideia já frisada em relação “a pesquisa que não é um fim de si mesma”, assim podemos perceber a pesquisa essencial para a formação docente, pois rompe com as dicotomias (teoria x prática / fazer x pensar/ senso comum x conhecimento científico) que são efetivadas no processo educativo.  A saber, a pesquisa possibilita o docente sair da sua condição estável de práticas mecânicas e reprodutivas e procura problematizar as questões educacionais.
       As realidades sócio-culturais dos discentes possibilitam a partir de suas experiências do senso comum desenvolver um conhecimento sistematizado, sem desfavorecer as concepções de educação que aprendemos em espaços não escolares. Como afirma Marli André (1995) “quanto maior a experiência e quanto mais aguçada sua sensibilidade, mais bem elaborado será o estudo”. Deste modo, a junção da “prática – teoria – prática” como processos inacabados e atreladas a pesquisa como princípio inovador da formação docente, requer possibilidades de conhecer o outro em seus contextos diferenciados e ainda refletir sobre as hegemonias da própria cultura escolar.
          Será possível no período do estágio curricular depositar o que aprendemos no decorrer do curso? Em um viés da pesquisa como possibilidade de crescimento intelectual os conhecimentos que construímos não são concluídos no período de estágio, mas ocorrem novas construções de epistemologias e reflexões nesse momento significante na formação e que é vivenciado nas realidades atuais, os depósitos passam a ser constantes, refletidos e verificados através de outras “leituras de mundo” (FREIRE, 1993).


SOUZA, F. P.

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