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"Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é como sujeito e somente enquanto sujeito, que o homem pode realmente conhecer..." Paulo Freire

17 de mai. de 2012

Outras reflexões sobre Estágio...processo de formação!


       A partir da própria reflexão de Selma Garrido que elenca vários relatos de alunas que passaram pelo momento de estágio (aprendizagens), destaco o que refere-se especificamente ao ambiente de sala “o convívio e a interação com a sala de aula, a observação das diferenças no comportamento das crianças, os estímulos que recebem e como são tratadas pelos pais, pela escola e pelos professores (PIMENTA, 2004, p. 106)”. Nessa perspectiva, através do contato com a sala de aula, faz-nos repensar muitas das coisas que já são postas e impostas por padrões sociais e culturais, como exemplo disso, percebemos a dificuldade das crianças ficarem na escola por serem muito dependente de seus pais, o apego com a professora pelo cuidado, atenção e carinho no ato de educar, os desenvolvimentos diversificados por se tratarem de crianças que vivenciam contextos diferenciados na sala de aula e em outros ambientes, o não reconhecimento delas próprias em relação aos padrões sociais legitimados (etnia, classe social, contexto econômico e etc.) e na maioria das vezes as próprias práticas pedagógicas e materiais didáticos (livros) que fogem da realidade das mesmas.
      Além de podermos fazer essas reflexões no momento de estágio (observações e regência) ainda é possível considerar os discentes como sujeitos e não como objetos. Pois os mesmos em muitas das vezes nos possibilita sair do ambiente de sala de aula com inquietações que não conseguimos dar conta no momento das suas curiosidades.
        O discernimento na condução da docência faz nos buscar e criar estratégias para lidar como questões que o nosso próprio curso não nos ensina. E quantas vezes replanejamos as nossas aulas por observar o ritmo dos alunos, comportamentos em relação às disciplinas, conteúdos que precisamos privilegiar em detrimento de outros? Enfim, os replanejamentos são muitos e trata-se de um trabalho árduo, pois parte de contextos, objetivos, metas e procedimentos que é necessário priorizar. Ressalto ainda, que a aprendizagem na sala de aula não é só dos alunos da escola, mas nós iniciantes a docência também aprendemos muito, mas nem um saber é totalmente suficiente.


Souza, F. P.





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